
Investigações em Linguística Geral
Textos escolhidos de Martin Haspelmath
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Sinopse
Ao longo de sua carreira, o linguista alemão Martin Haspelmath (Max-Planck-Institut für Evolutionäre Anthropologie, Alemanha) tem se dedicado a investigar os aspectos estruturais e os sistemas lexicais das línguas do mundo, buscando detectar elementos universais que subjazem a elas. No livro “Investigações em Linguística Geral – textos escolhidos de Martin Haspelmath”, apresentamos ao leitor brasileiro cinco artigos recentes do autor, que tratam de temas caros aos estudos de linguística geral contemporânea, como a discussão sobre unidades mínimas de análise linguística, sobre “blocos elementares” pertencentes à gramática das línguas, sobre regularidades interlinguísticas e também sobre metateoria da análise linguística. No primeiro capítulo do livro, “As regularidades interlinguísticas podem ser explicadas por restrições à mudança?” (publicado originalmente em 2019, no livro Explanation in typology: diachronic sources, functional motivations and the nature of the evidence), o autor discute uma tendência recente de atribuir padrões interlinguísticos unicamente à atuação de aspectos diacrônicos, desconsiderando fatores causais. No segundo capítulo, “Diferentes explicações na gramática são mutuamente compatíveis: estruturais, evolutivas e biocognitivas” (baseado em uma apresentação de 2021 para o Centro de Ciências Linguísticas da Universidade Normal de Pequim), Haspelmath busca demonstrar a compatibilidade entre diferentes explicações gramaticais, a fim de evitar divisões ideológicas no estudo das línguas. Já no terceiro capítulo, “O morfe como forma linguística mínima” (publicado originalmente em 2020, no número 30 do periódico Morphology), é defendida a visão de que o termo morfe deva ser adotado para referir-se à unidade linguística mínima, para minimizar inconsistências terminológicas e adotar-se nomenclatura padronizada nos estudos linguísticos. No capítulo “A linguisticidade humana e os blocos elementares de construção das línguas” (publicado originalmente em 2020, no volume 10 da revista Frontiers in Psychology), o autor defende que a capacidade biológica dos seres humanos para a linguagem é mais bem estudada a partir de uma “perspectiva comparativa em sentido lato” e que a comparação de línguas não leva diretamente a conclusões imediatas sobre a linguisticidade humana. Por fim, no quinto e último capítulo do livro, “Explicando assimetrias na codificação gramatical: correspondências forma-frequência e previsibilidade” (publicado originalmente no volume 57, número 3, da revista Journal of Linguistics, em 2021), Haspelmath busca demonstrar que as assimetrias existentes na codificação gramatical se devem a questões de previsibilidade e eficiência de codificação, as quais estão pautadas em aspectos de frequência de uso. O livro foi organizado e traduzido pelos professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Felipe Bilharva da Silva, Gabriel de Ávila Othero, Pablo Nunes Ribeiro e Sérgio de Moura Menuzzi – e pela mestranda em Linguística pela mesma instituição Melissa Lazzari.
Coleção:
Altos Estudos em Linguística
Ao longo de sua carreira, o linguista alemão Martin Haspelmath (Max-Planck-Institut für Evolutionäre Anthropologie, Alemanha) tem se dedicado a investigar os aspectos estruturais e os sistemas lexicais das línguas do mundo, buscando detectar elementos universais que subjazem a elas. No livro “Investigações em Linguística Geral – textos escolhidos de Martin Haspelmath”, apresentamos ao leitor brasileiro cinco artigos recentes do autor, que tratam de temas caros aos estudos de linguística geral contemporânea, como a discussão sobre unidades mínimas de análise linguística, sobre “blocos elementares” pertencentes à gramática das línguas, sobre regularidades interlinguísticas e também sobre metateoria da análise linguística. No primeiro capítulo do livro, “As regularidades interlinguísticas podem ser explicadas por restrições à mudança?” (publicado originalmente em 2019, no livro Explanation in typology: diachronic sources, functional motivations and the nature of the evidence), o autor discute uma tendência recente de atribuir padrões interlinguísticos unicamente à atuação de aspectos diacrônicos, desconsiderando fatores causais. No segundo capítulo, “Diferentes explicações na gramática são mutuamente compatíveis: estruturais, evolutivas e biocognitivas” (baseado em uma apresentação de 2021 para o Centro de Ciências Linguísticas da Universidade Normal de Pequim), Haspelmath busca demonstrar a compatibilidade entre diferentes explicações gramaticais, a fim de evitar divisões ideológicas no estudo das línguas. Já no terceiro capítulo, “O morfe como forma linguística mínima” (publicado originalmente em 2020, no número 30 do periódico Morphology), é defendida a visão de que o termo morfe deva ser adotado para referir-se à unidade linguística mínima, para minimizar inconsistências terminológicas e adotar-se nomenclatura padronizada nos estudos linguísticos. No capítulo “A linguisticidade humana e os blocos elementares de construção das línguas” (publicado originalmente em 2020, no volume 10 da revista Frontiers in Psychology), o autor defende que a capacidade biológica dos seres humanos para a linguagem é mais bem estudada a partir de uma “perspectiva comparativa em sentido lato” e que a comparação de línguas não leva diretamente a conclusões imediatas sobre a linguisticidade humana. Por fim, no quinto e último capítulo do livro, “Explicando assimetrias na codificação gramatical: correspondências forma-frequência e previsibilidade” (publicado originalmente no volume 57, número 3, da revista Journal of Linguistics, em 2021), Haspelmath busca demonstrar que as assimetrias existentes na codificação gramatical se devem a questões de previsibilidade e eficiência de codificação, as quais estão pautadas em aspectos de frequência de uso. O livro foi organizado e traduzido pelos professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Felipe Bilharva da Silva, Gabriel de Ávila Othero, Pablo Nunes Ribeiro e Sérgio de Moura Menuzzi – e pela mestranda em Linguística pela mesma instituição Melissa Lazzari.